Mini-implantes extra-alveolares em casos com biprotrusão e apinhamento severo
Post published:3 de abril de 2022
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Marcio Almeida apresenta caso de paciente Classe I com biprotrusão, padrão vertical de crescimento, mordida aberta anterior e apinhamento severo.
Se eu dissesse que a maior revolução da Ortodontia nos últimos anos, indubitavelmente, é a ancoragem esquelética, você acreditaria? Graças aos miniparafusos, é possível realizar uma mecânica muito mais simples e racional, com alto grau de sofisticação do ponto de vista biomecânico. Basta observar o caso do paciente Classe I com biprotrusão, padrão vertical de crescimento, mordida aberta anterior e apinhamento severo (Figuras 1).
Como eu sou um “ortodontista raiz”, em outras épocas eu faria a extração de quatro pré-molares. É importante ressaltar que, neste caso, extrair não é errado, mas pode aumentar ainda mais a exposição dos incisivos superiores e prejudicar a estética facial do paciente.
Atualmente, existe a “caixinha de ferramentas” de mini-implantes extra-alveolares, que pode facilitar o tratamento sem a necessidade de extrações e às custas da distalização dos dentes posteriores superiores e inferiores, corrigindo o apinhamento e retraindo a bateria anterior (Figuras 2).
Aí vem a pergunta: é possível distalizar molares na mandíbula para corrigir o apinhamento anterior? Claro que sim. No passado, havia limitação à desinclinação dos molares com placa labioativa, então jamais era possível distalizar realmente os molares. Aliás, casos como esse, com 7 mm ou mais de apinhamento inferior, tinham como regra clara a extração de pré-molares.
A dica de ouro é prestar muita atenção para não esperar resolver o apinhamento por meio da projeção dos incisivos para vestibular e só depois colocar os parafusos para retrair. Assim, usando arcos NiTi, será possível projetar anteriormente os incisivos na sínfise, que nem sempre é receptiva para isso, piorando ainda mais o perfil facial do paciente. Então, deve-se começar a mecânica fazendo retração por deslizamento de caninos logo no primeiro par de arcos redondos, o que permitirá alinhar sem projetar vestibularmente os incisivos (Figuras 3).
Nas Figuras 4 (com 13 meses de tratamento), pode-se observar os arcos de finalização braided 019” x 025” para intercuspidação com elásticos verticais.
Observe o caso finalizado após 20 meses de tratamento total (Figuras 5).
O segredo da Ortodontia está em encontrar soluções simples e objetivas, pois complicar é fácil demais. Difícil mesmo é fazer o complicado ser simples no afã de obter resultados eficientes sem depender demasiadamente do paciente ou de tratamentos mais complexos que envolvam extrações de pré-molares.
Marcio Rodrigues de Almeida Mestre, doutor e pós-doutor em Ortodontia – FOB-USP; Minirresidência em Ortodontia – Universidade de Connecticut, EUA; Professor do curso de mestrado/doutorado em Ortodontia – Unopar, Londrina/PR. Orcid: 0000-0002-2684-0943.
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