Editorial: remunerar nosso trabalho

Editorial: remunerar nosso trabalho

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Jairo Corrêa e Flávio Cotrim-Ferreira contam que mesmo um profissional bem preparado nos aspectos técnicos e científicos pode fracassar como empreendedor de um negócio de saúde.

A reportagem de capa dessa edição trata de um aspecto muito importante para o ortodontista: o controle financeiro de seu consultório ou clínica. O colega deve gerir sua empresa a fim de que ela tenha lucro suficiente para cobrir suas despesas profissionais e remunerar seu custeio pessoal, de modo que ainda possa sobrar algo para investir em educação continuada, novos equipamentos, bem-estar pessoal e sua aposentadoria.

Um grande problema é que nossa formação básica aborda de maneira superficial, ou muitas vezes não inclui na grade curricular, a administração de uma clínica ou consultório. Mesmo um profissional extremamente talentoso e bem preparado nos aspectos técnicos e científicos da profissão pode fracassar como empreendedor de um negócio de saúde, caso despreze esse aspecto.

Assim como a análise estatística é fundamental para avaliar os dados de um artigo de investigação, e o acurado diagnóstico ortodôntico depende de análises cefalométricas, análises de modelo e de espaço, os experts também são unânimes em afirmar que somente dados objetivos e claros, obtidos por meio de anotações sistemáticas de entradas e gastos, podem esclarecer o andamento do nosso negócio.

Apesar de não ser uma habilidade para a maioria dos adeptos das ciências biológicas, temos que respeitar o famoso cientista, físico, astrônomo, escritor e filósofo italiano Galileu Galilei, que dizia: “A matemática é o alfabeto com o qual Deus escreveu o universo”. Façamos bom uso dela.