Jairo Corrêa e Flávio Cotrim-Ferreira avaliam os maiores valores que os ortodontistas podem oferecer ao paciente na primeira consulta.
Essa edição da revista OrtodontiaSPO dá início a uma série de reportagens sobre as etapas mais relevantes de um tratamento ortodôntico. Iniciaremos com A Primeira Consulta e seguiremos o curso cronológico de uma terapia, passando por Orçamento e Controle Financeiro, Gestão de Crises, A Tecnologia como Vetor do Sucesso e, para terminar a sequência, A Alta do Paciente.
Uma dúvida frequente dos colegas é: devemos ou não cobrar pela consulta e diagnóstico inicial? Alguns defensores da cobrança ponderam que despendemos de horas clínicas que, portanto, têm um custo operacional. Outros argumentam que esse gasto pode “espantar clientes” e reduzir as chances de trazer essas pessoas para nossa clínica.
Mais do que ocupar tempo de trabalho na primeira consulta, estamos utilizando toda nossa experiência, conhecimento científico e técnico acumulado ao longo da carreira profissional para emitir um julgamento, avaliando as reais necessidades e possibilidades de tratamento. Segundo o Guia da Relação Médico-Paciente, publicado pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo em 2001, “o paciente deve receber informações claras, objetivas e compreensíveis sobre hipóteses diagnósticas, diagnósticos realizados, exames solicitados, ações terapêuticas, riscos, benefícios e inconvenientes das medidas propostas, e duração prevista do tratamento”.
O julgamento ético e competente tem um enorme valor para a saúde do paciente, uma vez que minimiza riscos biológicos e pode maximizar os resultados clínicos. Além disso, é importante não somente apresentar um belo espaço físico, mas colaboradores simpáticos e educados, e equipamentos e materiais de alta tecnologia. Esses são os maiores valores que podemos oferecer ao paciente na primeira consulta.
Jairo Corrêa
Presidente do SPO
Flávio Cotrim-Ferreira
Editor Científico