Contensores inferiores fixos: colado em todos os dentes ou apenas em caninos?

Contensores inferiores fixos: colado em todos os dentes ou apenas em caninos?

Compartilhar

Estudo avalia a estabilidade entre dois tipos de contensores inferiores fixos, tanto colados em todos os dentes anteriores quanto somente nos caninos.

O espaço Ciência Brasil divulga pesquisa sobre a taxa de retração de caninos e perda de ancoragem utilizando braquetes autoligáveis e convencionais publicada por ortodontistas em periódicos internacionais.

RESUMO

Objetivo: avaliar a estabilidade após o tratamento ortodôntico entre dois tipos de contensores inferiores fixos, tanto colados em todos os dentes anteriores quanto colados somente nos caninos.

Material e métodos: foram consultados PubMed, Scopus, Web of Science, Cochrane Library, Lilacs, OpenGrey, ClinicalTrials e Google Scholar. Nenhuma restrição de idioma ou ano foi aplicada. Após a seleção dos estudos, a avaliação de risco de viés e a síntese qualitativa dos estudos incluídos foram realizadas usando a ferramenta “The Cochrane Collaboration” para estudos randomizados. A ferramenta “Risco de viés em estudos não randomizados de intervenções” (Robins-I) foi usada para estudos não randomizados, além disso, um resumo da força geral das evidências foi apresentado usando a ferramenta “Classificação das recomendações, avaliação, desenvolvimento e avaliação”.

Resultados: entre os 180 estudos avaliados, cinco foram incluídos nesta revisão. Três deles apresentaram baixo risco de viés, enquanto dois mostraram alto risco de viés. Dois estudos relataram melhor estabilidade para contensores colados aos seis dentes, enquanto os outros três não revelaram diferença. O contensor colado em todos os dentes apresentou maior taxa de quebra em um estudo.

Conclusão: a estabilidade parece melhor com contensores fixos inferiores colados em todos os dentes anteriores. A taxa de quebra pode não mudar de acordo com o tipo de colagem. No entanto, são necessários estudos com melhor metodologia para chegar a uma conclusão mais confiável.

Confira outras edições da coluna “Ciência Brasil”.