Taxa de retração de caninos e perda de ancoragem utilizando braquetes autoligáveis e convencionais

Taxa de retração de caninos e perda de ancoragem utilizando braquetes autoligáveis e convencionais

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O espaço Ciência Brasil divulga pesquisa sobre a taxa de retração de caninos e perda de ancoragem utilizando braquetes autoligáveis e convencionais publicada por ortodontistas em periódicos internacionais.

da C Monini A, Gandini Jr. LG, Vianna AP, Martins RP, Jacob HB. Tooth movement rate and anchorage lost during canine retraction: a maxillary and mandibular comparison. Angle Orthod 2019;89(4):559-65.

RESUMO

Objetivo: investigar a taxa de retração de caninos e a perda de ancoragem durante a retração de caninos utilizando braquetes autoligáveis (SL) e braquetes convencionais (CV). Também foram calculadas as diferenças entre as taxas maxilar e mandibular.

Material e métodos: 25 indivíduos que necessitaram de quatro extrações de primeiros pré-molares foram incluídos neste ensaio clínico randomizado (split mouth). Cada paciente apresentava um canino superior e um canino inferior colado aleatoriamente com braquetes SL e os outros caninos com braquetes CV, mas nunca do mesmo lado. As molas de retração NiTi foram usadas para retrair os caninos (força de 100 g). Sobreposições da maxila e mandíbula – utilizando telerradiografias oblíquas cefalométricas de 45º no início e no final da retração dos caninos – foram usadas para calcular as mudanças e taxas durante a retração. Também foram feitos testes t pareados.

Resultados: os braquetes SL e CV não apresentaram diferenças quanto à taxa de movimento mensal de caninos na maxila (0,71 mm e 0,72 mm, respectivamente) ou na mandíbula (0,54 mm e 0,60 mm, respectivamente). As taxas de perda de ancoragem na maxila e na mandíbula também não mostraram diferenças entre os modelos de braquetes. Os caninos superiores apresentaram maior quantidade de movimentação dentária por mês do que os caninos inferiores (0,71 mm e 0,57 mm, respectivamente).

Conclusão: os braquetes SL não apresentaram retração de caninos mais rápida em comparação com braquetes CV, nem menor perda de ancoragem. Os caninos superiores apresentaram maior taxa de movimentação dentária que os caninos inferiores. Entretanto, não houve diferença na perda de ancoragem entre os segmentos posteriores maxilar e mandibular durante a retração do canino.

Marcio Almeida

Marcio Rodrigues de Almeida

Mestre, doutor e pós-doutor em Ortodontia – Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB/USP); Minirresidência em Ortodontia – Universidade de Connecticut, EUA; Professor do curso de mestrado/doutorado em Ortodontia – Unopar, Londrina/PR.

Orcid: 0000-0002-2684-0943.