Entendendo melhor a comorbidade entre migrânea e disfunção temporomandibular

Entendendo melhor a comorbidade entre migrânea e disfunção temporomandibular

Compartilhar


Artigo discute as DTMs dolorosas e a cefaleia primária e destaca os aspectos da migrânea, que pode interferir nas manifestações clínicas.


AUTORES

Andréa Louzada de Oliveira Suster
Mestra em Ortodontia – Unicid; Especialista em DTM e Dor Orofacial – Faculdade Avantis; Professora do curso de especialização em Ortodontia – Instituto Vellini.
Orcid: 0000-0001-9491-8485.

Ana Paula Varela Brown Martins
Mestra e doutora em Clínica Odontológica – FOP/Unicamp; Professora adjunta – Universidade Federal de Juiz de Fora.
Orcid: 0000-0003-4236-9335.

Paulo César Rodrigues Conti
Professor titular do Depto. de Prótese – FOB/USP; Docente do curso de especialização em DTM e Dor Orofacial – Faculdade Avantis.
Orcid: 0000-0003-0413-4658.

Juliana Stuginski-Barbosa
Doutora em Ciências Odontológicas Aplicadas – FOB/USP; Docente do curso de especialização em DTM e Dor Orofacial – Faculdade Avantis.
Orcid: 0000-0002-7805-5672.


RESUMO

Introdução: uma das características da comorbidade é a possibilidade de mútua potencialização das patologias, ou seja, uma provocar o agravamento da outra e vice-versa. As disfunções temporomandibulares (DTM) dolorosas e a cefaleia primária, principalmente a migrânea, são consideradas condições comórbidas. Evidências sugerem que a DTM pode também ser um fator de risco para aumentar a frequência da migrânea. Objetivo: o propósito deste artigo foi discutir essas duas condições patológicas que, por apresentarem aspectos neurofisiológicos comuns, predispõe um mesmo paciente a sofrer de ambas as doenças. Material e métodos: realizar uma revisão da literatura por meio de uma busca em bases de dados como PubMed e Bireme, sobre a relação entre DTM e migrânea, para entender melhor cada uma dessas disfunções e destacar os aspectos da migrânea, que pode interferir nas manifestações clínicas da DTM e vice-versa. Resultados: a migrânea é a cefaleia primária que mais apresenta associação com a DTM, sendo a DTM muscular dolorosa o tipo mais comum, ambas se manifestam com maior frequência em mulheres. Conclusão: migrânea e DTM são comórbidas por possuírem fisiopatologia comum que cria uma sensibilização central, diminuindo os limiares de dor em pacientes com migrânea, de modo que o tratamento das duas é essencial para a remissão dos sintomas.

Unitermos – Disfunção temporomandibular; Dor orofacial; Migrânea.

ABSTRACT

Introduction: one of the characteristics of comorbidity is the possibility of mutual potentiation of pathologies, that is, causing one to aggravate the other and vice versa. Painful temporomandibular disorders (TMD) and primary headache, especially migraine, are considered comorbid conditions. Evidence suggests that TMD may also be a risk factor for increasing the frequency of migraine. Objective: the purpose of this article was to discuss these two pathological conditions, which, due to their common neurophysiological aspects, predispose the same patient to suffer from both diseases. Material and methods: to perform a literature eview by searching databases such as PubMed and Bireme on the relationship between TMD and migraine, bett er understanding each of these dysfunctions and highlight aspects of migraine, which may interfere with the clinical manifestations of TMD and vice versa. Results: migraine is the primary headache that is most associated with TMD, with painful muscle TMD being the most common type, both manifesting most frequently in women. Conclusion: migraine and TMD are comorbid because they share a common pathophysiology that creates central sensitization, lowering pain thresholds in migraine patients, so treatment of both is essential for symptom remission.

Key words – Temporomandibular disorder; Orofacial pain; Migraine.

Recebido em ago/2019
Aprovado em ago/2019

Confira o artigo na íntegra: