Disjunção maxilar osseossuportada em pacientes jovens. Uma alternativa para insucessos ortopédicos

Disjunção maxilar osseossuportada em pacientes jovens. Uma alternativa para insucessos ortopédicos

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AUTORES

Marcos Bitencourt Neves
Aluno do programa de mestrado em Ortodontia – Faculdade de Odontologia da Universidade de Guarulhos.
Orcid: 0000-0002-5693-7543.

Silvia Negrisoli
Aluna do programa de mestrado em Ortodontia – Faculdade de Odontologia da Universidade de Guarulhos.
Orcid: 0000-0001-9870-2307.

Jamil Awad Shibli
Professor dos programas de mestrado e doutorado em Odontologia – Faculdade de Odontologia da Universidade de Guarulhos.
Orcid: 0000-0003-1971-0195.

Marina Roscoe
Professora dos programas de mestrado em Ortodontia e de mestrado e doutorado em Odontologia – Faculdade de Odontologia da Universidade de Guarulhos.
Orcid: 0000-0002-1670-4649.

Liliana Ávila Maltagliati
Professora do programa de mestrado em Ortodontia – Faculdade de Odontologia da Universidade de Guarulhos.
Orcid: 0000-0003-4343-8048.


RESUMO

Introdução: a expansão rápida palatina tem sido uma modalidade de tratamento confiável em pacientes pré-púberes, nos quais a sutura palatina mediana encontra-se em estágio inicial de maturação óssea, mas ainda muito responsiva às forças ortopédicas. A intervenção em pacientes pós-púberes, que ainda não são considerados adultos, mas já apresentam grande resistência sutural, geralmente recai sobre tentativas com aparelhos disjuntores convencionais por se entender que há chances de sucesso do procedimento ortopédico antes que se opte por uma terapia mais invasiva, como a cirúrgica. Nesse contexto, o dispositivo Marpe (miniscrew-assisted rapid palatal expander) tem se mostrado uma alternativa efetiva e estável na expansão esquelética e segura, por minimizar os riscos envolvidos na expansão cirúrgica e evitar efeitos periodontais deletérios na tentativa incerta da expansão ortopédica em adolescentes. Objetivo: por meio de um caso clínico, esse trabalho tem como objetivo demonstrar a correção da deficiência transversal da maxila com o disjuntor Marpe em pacientes pós-púberes, após insucesso na tentativa de expansão com disjuntor ortopédico. Resultados: após o período de 22 dias da instalação do aparelho Marpe, observou-se a presença de diastema, ganho transversal maxilar, mordida anterior em relação de topo-a-topo e descruzamento bilateral posterior, permitindo a sequência do tratamento com aparatologia fixa. Conclusão: a técnica Marpe mostrou ser eficiente na correção da discrepância transversal maxilar, segura e pouco invasiva, reduzindo o risco de insucesso ortopédico, podendo ser o dispositivo de primeira escolha para pacientes que já se encontram na curva descendente de crescimento.

Palavras-chaves – Expansão maxilar; Defi ciência transversa da maxila; Mordida cruzada posterior; Ancoragem ortodôntica.


ABSTRACT

Introduction: rapid palatal expansion has been a reliable treatment modality in prepubertal patients in whom the midpalatal suture is at an early stage of bone maturation, but still very responsive to orthopedic forces. Intervention in post-pubertal patients, who are not yet considered adults but already have great suture resistance, usually are done with conventional expansion devices as it is understood that there is a chance of success of the orthopedic procedure before opting for more invasive therapy, like the surgical one. In this context, the miniscrew-assisted rapid palatal expander (Marpe) device has been shown to be an eff ective and stable alternative in safe skeletal expansion, as it minimizes the risks involved in surgery intervention and avoids deleterious periodontal eff ects in the uncertain att empt of orthopedic expansion in teenagers. Objective: through a clinical case, this study aims to demonstrate the correction of transverse maxillary defi ciency with Marpe appliance in a post-pubertal patient, after an unsucessfully att empt to expand with an orthopedic device. Results: after 22 days of installation of the Marpe appliance, he observed the presence of diastema, maxillary transverse gain, anterior bite in end-to-end relationship and crossbite correction, allowing the treatment sequence with fixed device. Conclusion: the Marpe technique has been shown to be eff ective in correcting the maxillary transverse discrepancy, safe and noninvasive, reducing the risk of orthopedic failure, and may be the device of choice for patients already on the downward growth curve.

Key words – Maxillary expansion; Maxilla transverse defi ciency; Posterior crossbite; Orthodontic anchorage.


Recebido em nov/2019
Aprovado em dez/2019