AUTORES
Sergio Jakob
Doutor, mestre e especialista em Ortodontia – Faculdade São Leopoldo Mandic; Pós-graduado em Oclusão Funcional – Roth Williams Center (EUA).
Javier Frenck
Especialista em Ortodontia – Universidade de Córdoba; Pós-graduado em Oclusão Funcional – Roth Williams Center (EUA).
RESUMO
O diagnóstico e planejamento ortodôntico configuram o maior desafio para um tratamento bem-sucedido. De nada adianta um bom controle biomecânico se o caminho traçado para a obtenção do resultado não estiver bem definido. A produção de um número excessivo de informações diagnósticas, resultado de estudos em análises cefalométricas, análises faciais, análise de modelos, avaliação radiográfica e tomográfica, exame clínico e anamnese, muitas vezes mais confunde o ortodontista do que propriamente esclarece a situação inicial do paciente e o que deve ser feito. A má-oclusão deve ser entendida como consequência, e não causa, porque diante de situações desfavoráveis, oriundas de uma estrutura esquelética inadequada, ou de influências deletérias do meio ambiente, pode produzir compensações dentárias, com o intuito de oferecer ao paciente uma melhor capacidade mastigatória. A compreensão desses mecanismos dentários compensatórios torna-se essencial para que efetivamente possamos estabelecer um critério na avaliação dos dados diagnósticos, ordenando-os a partir de sua relevância. O objetivo desse artigo foi evidenciar uma sequência lógica a ser seguida durante o diagnóstico, à luz da oclusão funcional, que permitirá ao ortodontista uma perfeita compreensão de por que a situação oclusal está como está, e quais são as decisões e condutas, também ordenadas, a serem seguidas para que sejam obtidas oclusão estática e dinâmica adequada, que também proporciona um equilíbrio refletido na estética facial e estabilidade dos resultados alcançados.
Palavras-chave – Diagnóstico; Ortodontia; Oclusão dentária.
ABSTRACT
Orthodontic diagnosis and planning are the biggest challenge for successful treatment. There is no point in good biomechanical control if the path mapped to obtain the result is not well defined. The production of an excessive number of diagnostic information, as a result of studies in cephalometric analysis, facial analysis, model analysis, radiographic and tomographic evaluation, clinical examination and anamnesis, often confuses the orthodontist with which it clarifies the patient’s initial situation and what should be done. Malocclusion should be understood as a consequence, not cause, due to unfavorable situations, arising from an inadequate skeletal structure or deleterious influences of the environment, it can produce dental compensations, in order to offer the patient a better masticatory capacity. The understanding of these dental compensatory mechanisms becomes essential so that we can effectively establish a criterion in the evaluation of the diagnostic data, ordering them from their relevance. The purpose of this article is to demonstrate a logical sequence to be followed during the diagnosis, in the light of functional occlusion, which will allow the orthodontist a perfect understanding of why the occlusal situation is as it is, and what are the decisions and conduct, also ordered, to be followed to obtain a suitable static and dynamic occlusion, which also provides a balance reflected in facial aesthetics and stability of the results achieved.
Key words – Diagnosis; Orthodontics; Dental occlusion.