Artigo apresenta alterações dos aparelhos do protocolo Manhães no tratamento precoce da Classe III esquelética em casos específicos.
AUTOR
Fernando Rayes Manhães
Especialista em Ortodontia – Unesp; Mestre em Ortodontia – Centro Universitário da Fundação Hermínio Ometto (FHO).
Orcid: 0000-0002-5967-1330.
RESUMO
O objetivo deste artigo é apresentar as alterações dos aparelhos do protocolo Manhães no tratamento precoce da Classe III esquelética em casos específicos. O Hyrax híbrido suspenso (ancoragens dentária e esquelética), uma modificação do aparelho original, para casos nos quais a maxila se encontra com atresia severa e o torno expansor necessário para a correção transversal, não se adapta corretamente ao palato e à barra Manhães articulada, em casos nos quais, por falta de espaço, não é possível a instalação dos mini-implantes entre incisivos laterais e caninos inferiores preconizado na técnica original. Os aparelhos são ligados por elásticos de Classe III 24h/dia e, após o rompimento da sutura palatina, a máscara facial é utilizada no período noturno potencializando a tração anterior da maxila. Este protocolo é mantido até a sobrecorreção sagital, situação na qual o paciente continua utilizando apenas os elásticos de Classe III no período noturno para contenção por um período em média de 12 meses. O Hyrax híbrido suspenso e a barra Manhães articulada mostraram-se efetivos no processo de expansão e de protração maxilar.
Palavras-chave – Má-oclusão de Classe III; Mini-implante; Ancoragem; Ortodontia.
ABSTRACT
The aim of this article was to present the changes in the appliances of the Manhães Protocol used in specific cases for the early treatment of skeletal Class III. The suspended hybrid Hyrax (dental and skeletal anchorages), a modification of the original appliance, is used for cases of severe atresia of the maxilla, and when the expander device required for transverse correction does not adapt correctly to the palate, the articulated Manhães bar is used in cases in which, due to lack of space, it is not possible to insert mini-implants between the lateral incisors and mandibular canines, as recommended in the original technique. The appliances are connected by means of Class III elastics 24h/day, and after rupture of the palatine suture, the facial mask is used in the nocturnal period to potentiate anterior traction of the maxilla. This protocol is maintained until sagitt al overcorrection occurs, when the patient continues to use the Class III elastics for splinting purposes only in the nocturnal period for a mean period of 12 months. The suspended hybrid Hyrax and articulated Manhães bar were shown to be effective in the process of maxillary expansion and protraction.
Key words – Class III malocclusion; Mini-implant; Anchorage; Orthodontics.